Diário de uma mulher,esposa,mãe,dona de casa...enfim...de um ser humano único...rsrsrsrs...
Meu blog também é bauzinho de guardar coisas que acho lindas,interessantes e que vale a pena recordar!
Início do blog:13/04/2009...só felicidade!!!

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

ANTES QUE ELES CRESÇAM...


Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos.
É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida.
Crescem com uma estridência alegre e, às vezes com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maneira que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas
cresça, mas apareça...
Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes e cabelos longos, soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com uniforme de sua geração.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias, e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos que não se repitam.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas.
Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô.
Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando
conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos
ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao shopping, não lhes demos suficientes hamburgueres e refrigerantes, não lhes compramos todos os sorvetes e
roupas que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos.
Sim havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito para que eles acertem nas escolhas em busca da felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos.
O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco.
Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho.
Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.

Affonso Romano de Sant'Anna


Recebi de Regineide Nazário De O. Araújo em 26 de setembro de 2012, pelo facebook...Obrigada!!!!!

domingo, 18 de setembro de 2016

O CASAMENTO COMO REALMENTE É !


Para se casar, em parceria, ou em qualquer relacionamento de longo prazo, você deve esquecer cada filme romântico que você já viu e aceitar o fato de que você
está ligada à alguém que vai conhecer todas as suas falhas e que às vezes vai apontá-las para você.
Meu marido não é daqueles que prova seu amor com flores, chocolates ou joias. Mas todo domingo à noite ele cozinha a mais incrível refeição. Ele começa a
preparar tudo pela manhã e o processo dura o dia todo. Na hora do jantar, com cada garfada, eu sei o quanto ele me ama.
Aqui estão algumas outras coisas que eu realizei sobre o casamento ao longo dos anos:
– O casamento, após ter filhos, é tentar não falar sobre as crianças quando você está jantando fora com seu marido (ou esposa), mas falhando nesse quesito.
– Casamento é lembrar a história de como vocês chegaram lá e relembrá-la com carinho diversas vezes.
– É assistir, vez ou outra, o filme do dia do casamento de mãos dadas e se emocionar.
– Casamento é estar em público e ter alguém que, ao olhar você, já sabe no que está pensando.
– No casamento tem sempre alguém preparado para dizer “eu te avisei”, quando você fez besteira.
– Casamento é discutir sobre o dinheiro. E brigar por causa disso.
– É discordar sobre a educação dos filhos. E depois concordar.
– Casamento é ficar junto no meio da noite, com seu filho vomitando, ou com pesadelos… É escutar o ronco do seu parceiro.
– Casamento é aquilo que, em uma noite em que as crianças estão dormindo na casa dos avós, vocês podem fazer qualquer coisa, mas vocês preferem pedir um
delivery e assistir Netflix debaixo do cobertor.
– Casamento é imaginar como será a vida juntos, com cabelos brancos, rugas no rosto e brincando com os netos.
– O casamento é deixar pra trás todas as expectativas do que você pensa que o casamento deveria ser.
– O casamento é imperfeito e propenso a crises de silêncio.
– O casamento é ter paciência.
– O casamento é superação. É conhecer outro alguém assim como conhece a si mesmo.
– Casamento é alegria e, às vezes, tristeza.
– Casamento é deixar de lado o relacionamento assim que os filhos nascem. Mas depois retomar.
– Casamento é admirar um ao outro.
– E, finalmente, o casamento é acreditar realmente nessa outra pessoa."

Joelle Wisler via Just Real Moms


Presente de Clínica Terapêutica Hipnose Regressão,pelo facebook...OBRIGADA!!!!!

sábado, 10 de setembro de 2016

Os avós nunca morrem, apenas ficam invisíveis.


Os avós nunca morrem, tornam-se invisíveis e dormem para sempre nas profundezas do nosso coração. Ainda hoje sentimos a falta deles e daríamos qualquer coisa
para voltar a escutar as suas histórias, sentir as suas carícias e aqueles olhares cheios de ternura infinita.

Sabemos que é a lei da vida, enquanto os avós têm o privilégio de nos ver nascer e crescer, nós temos que testemunhar o envelhecimento deles e o adeus deles ao
mundo. A perda deles é quase sempre a nossa primeira despedida, e normalmente durante a nossa infância.

Os avós que participam na infância dos seus netos deixam vestígios da sua alma, legados que irão acompanhá-los durante a vida como sementes de amor eterno para
esses dias em que eles se tornam invisíveis.
Hoje em dia é muito comum ver os avôs e as avós envolvidos nas tarefas de criança com os seus netos. Eles são uma rede de apoio inestimável nas famílias atuais.
Não obstante, o seu papel não é o mesmo que o de um pai ou de uma mãe, e isso é algo que as crianças percebem desde bem cedo.

O vínculo dos avós com os netos é criado a partir de uma cumplicidade muito mais íntima e profunda, por isso, a sua perda pode ser algo muito delicado na mente
de uma criança ou adolescente. Convidamos você a refletir sobre esse tema conosco.
Relacionamento entre avós e netos

O adeus dos avós: a primeira experiência com a perda
Muitas pessoas têm o privilégio de ter ao seu lado algum dos seus avós até ter chegado à idade adulta. Outros, pelo contrário, tiveram que enfrentar a morte
deles ainda na primeira infância, naquela idade em que ainda não se entende a perda de uma forma verdadeiramente real, e onde os adultos, em certas situações, a
explicam mal na tentativa de suavizar a morte ou fazer de conta que é algo que não faz sofrer.
A maioria dos psicopedagogos diz de forma bem clara: devemos dizer sempre a verdade a uma criança. É preciso adaptar a mensagem à sua idade, sobre isso não há
dúvidas, mas um erro que muitos pais cometem é evitar, por exemplo, uma última despedida entre a criança e o avô enquanto este está no hospital ou quando fazem
uso de metáforas como “o avô está em uma estrela ou a avó está dormindo no céu“.

É preciso explicar a morte às crianças de forma simples e sem metáforas para que elas não criem ideias erradas. Se dissermos a elas que o avô foi embora, o mais
provável é a criança perguntar quando é que ele vai voltar.
Se explicarmos a morte à criança a partir de uma visão religiosa, é necessário incidir no fato de que ele “não vai regressar”. Uma criança pequena consegue
absorver apenas quantidades limitadas de informação, dessa forma, as explicações devem ser breves e simples.
Árvore representando sabedoria dos avós
É também importante ter em conta que a morte não é um tabu e que as lágrimas dos adultos não têm que ficar ocultas perante o olhar das crianças. Todos sofremos
com a perda de um ente querido e é necessário falar sobre isso e desabafar. As crianças vão fazer isso no seu tempo e no momento certo, por isso, temos que
facilitar este processo.

As crianças irão nos fazer muitas perguntas que precisam das melhores e mais pacientes respostas. A perda dos avós na infância ou na adolescência é sempre algo
complexo, por isso é necessário atravessar essa luta em família sendo bastante intuitivos perante qualquer necessidade dos nossos filhos.

Embora já não estejam entre nós, eles continuam muito presentes
Os avós, embora já não estejam entre nós, continuam muito presentes nas nossas vidas, nesses cenários comuns que compartilhamos com a nossa família e também
nesse legado verbal que oferecemos às novas gerações e aos novos netos e bisnetos que não tiveram a oportunidade de conhecer o avô ou a avó.

Os avós seguraram as nossas mãos durante um tempo, enquanto isso nos ensinaram a andar, mas depois, o que seguraram para sempre foram os nossos corações, onde
eles descansam eternamente nos oferecendo a sua luz, a sua memória.
A presença deles ainda mora nessas fotografias amareladas que são guardadas nos porta-retratos e não na memória de um celular. O avô está naquela árvore que
plantou com as suas próprias mãos, e a avó no vestido que nos costurou e que ainda hoje temos.

Estão no cheiro daqueles doces que habitam a nossa memória emocional. A sua lembrança está também em cada um dos conselhos que nos deram, nas histórias que nos
contaram, na forma como amarramos os sapatos e até na covinha do nosso queixo que herdamos deles.
O legado dos avós

Os avós não morrem porque ficam gravados nas nossas emoções de um modo mais delicado e profundo do que a simples genética. Eles nos ensinaram a ir um pouco mais
devagar e ao ritmo deles, a saborear uma tarde no campo, a descobrir que os bons livros têm um cheiro especial e que existe uma linguagem que vai muito mais
além das palavras.

É a linguagem de um abraço, de uma carícia, de um sorriso cúmplice e de um passeio no meio da tarde compartilhando silêncios enquanto vemos o pôr do sol. Tudo
isso perdurará para sempre, e é aí onde acontece a verdadeira eternidade das pessoas.

No legado afetivo de quem nos ama de verdade e que nos honra ao recordar-nos a cada dia.


Por: Valéria Amado