Diário de uma mulher,esposa,mãe,dona de casa...enfim...de um ser humano único...rsrsrsrs...
Meu blog também é bauzinho de guardar coisas que acho lindas,interessantes e que vale a pena recordar!
Início do blog:13/04/2009...só felicidade!!!

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O amor que existe em mim...


Quantos anos tenho?
Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.
Tenho os anos em que os sonhos começam a acariciar com os dedos e as ilusões se convertem em esperança.
Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama intensa, ansiosa por consumir-se no fogo de uma paixão desejada. E outras vezes é uma
ressaca de paz, como o entardecer em uma praia.
Quantos anos tenho?
Não preciso de um número para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho ao ver minhas ilusões despedaçadas,
valem muito mais que isso...
O que importa se faço vinte, quarenta ou sessenta?!
O que importa é a idade que sinto.
Tenho os anos que necessito para viver livre e sem medos. Para seguir sem temor pela trilha, pois levo comigo a experiência adquirida e a
força de meus anseios.
Quantos anos tenho?
Isso a quem importa?
Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto...

José Saramago


Presente dos queridos, Isis Tonelli e Projeto 60 anos,pelo facebook...Obrigada!!!

sábado, 29 de agosto de 2015

Dançando...


O momento em que mais danço,
é quando minha roupa está no varal secando
com o calor do sol e com o afago do vento...

3C

Falsidade...


Estou de malas prontas...
Vou procurar um lugar onde não existe falsidade...preciso desesperadamente voltar a acreditar nas pessoas!!!
Sei que não compensa correr esse risco.
Mas vou tentar mais uma vez...

3C

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Vazio...


Na minha vida,sempre terá uma cadeira,uma rede,um copo,uma xícara,um lugar na mesa,lembrando de quem se foi...
Até o dia em que terá duas cadeiras,duas redes,dois copos,duas xícaras,dois lugares na mesa,lembrando de duas pessoas que se foram e deixaram
somente UM VAZIO na lembrança de quem ficou !!!!

3C

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Ensinem...


Ensinem suas filhas e filhos a pegar ônibus logo cedo, primeiro com vocês, depois sozinhos.
Eles vão precisar disso um dia na adolescência ou na vida adulta e mesmo que você seja muito rico e pense que não precisarão, não há como
ter certeza.
Se nunca andaram, terão tendência a ficarem abobalhados, pouco espertos e mais propensos a sofrerem assaltos ou atropelamentos.

Ensinem seus filhos e filhas a andar a pé, porque só se aprende a atravessar ruas andando a pé.
Bicicleta só para recreação, com você carregando o malinha e sua mala rampa acima, não vai dar boa coisa.
Molequinhos e molequinhas precisam saber ir e voltar.
Carregarem seus casaquinhos, bonequinhas e carrinhos faz parte da missão: mãe e pai não são cabides.

Ensinem suas filhas e filhos desde bebês a descascar bananas, maiorezinhos devem saber comer maçã sem ser picada, devem aprender a espremer
um suco no muque, usar garfo e faca, colocar a roupa suja no cesto, lavar, secar e guardar louça.
Assim não serão os malas na casa da tia no dia do pijama. No mínimo.

Ensinem seus filhos e filhas adolescentes a lavar o próprio par de tênis, lavar, pendurar, recolher e dobrar roupas, cozinhar algo básico,
trocar lâmpadas e resistência do chuveiro.
Ensine que isso pode não ser prazeroso como tomar um sorvete ou jogar no celular, mas é importante e necessário.

Ensinem suas filhas e filhos a plantar, colher e entenderem a diferença entre um pé de alface e um pé de couve.
Você pode não acreditar, mas por falta de ensinamentos básicos muita criança se cria achando que leite é um produto que nasce em caixas.
Isso não é engraçado, é um efeito colateral involutivo do nosso tempo.

Não tema o fogo, o fogão, a chaleira nas mãos dos coitadinhos.
Se você não ensinar, eles vão fazer muita bobagem e vão se queimar.
Educar é confiar nas capacidades e na inteligência deles.
É mostrar perigos e ensinar a lidar com perigos.

Eduquem seus filhos para a vida, para capacidades.
Prazer não precisa ser ensinado, é um benefício, um privilégio.
Ter empregada doméstica em casa não deve ser visto e sentido como alguém que vem acoplado ao lar, quase uma "coisa" um "objeto humano" de
limpar e organizar sem parar.

Essas não são dicas moralistas.
Educar para a solidariedade é um ato até egoísta e nada poético.
Ao ensinar coisas básicas de sobrevivência aos filhos, estamos promovendo confiança e capacidade, auto-estima, senso de dever e
responsabilidade.

Evite produzir e multiplicar pessoas que um dia serão adultos entediados, mimados que acharão eternamente que vieram ao mundo a passeio,
sem a menor noção do que é resiliência, inaptos para cuidar de si mesmos e de outros, caso se multipliquem preguiçosamente.

A vida pode ser bela, a vida pode não ser dura para herdeiros, mas ela cobrará sempre, de qualquer um de nós, firmeza e força de vontade.
Isso não é nato, depende de adversidades e luta pela sobrevivência e nada tem a ver com capacidade de apertar um botão ou deslizar os
dedões no Iphone.

Por Cláudia Rodrigues


Presente da querida amiga Celia Maria Cabral,pelo facebook...Obrigada!!!!!

sábado, 22 de agosto de 2015

Balinha do coração...


Quase todos os dias recebo de presente uma ou duas dessas gostosuras.
Quando maridão não me dá,fico procurando pela casa para ver onde ele escondeu.
Se não encontro,o meu dia deixou de ser lindo,fico triste porque penso:
Hoje ele não se lembrou de mim na rua :( !!!!!
O verdadeiro homem,não precisa gastar dinheiro ´para agradar a fofinha dele...por onde se passa,nas
lojas,farmácias,consultórios,escritórios,enfim,em quase todos os lugares tem dessas balinhas como cortesia :)
E como elas trazem felicidade :)
Se por acaso o baita não encontra onde se abastecer para me agradar,ele compra uma dessas barrinhas de chocolate de vinte e poucas gramas :)
pois não pode ser muito,tenho que manter as curvas que ele tanto ama ;)
É por esses gestos de ternura que me derreto por ele!!!!!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O DIA EM QUE EU MORRI…


Estranho?
Nem tanto.
Se depois de ler esse texto você achar que ainda está vivo, ótimo!
Caso contrário, é bom repensar se ainda existe algum sopro de vida aí dentro.
Vou contar como tudo aconteceu.
A minha primeira parcela de morte aconteceu quando acreditei que existiam vidas mais importantes e preciosas do que a minha.
O mais estranho é que eu chamava isso de humildade. Nunca pensei na possibilidade do auto abandono.
Morri mais um pouquinho no dia em que acreditei em vida ideal, estável, segura e confortável.
Passei a não saber lidar com as mudanças. Elas me aterrorizavam.
Depois vieram outras mortes.
Recordo-me que comecei a perder gotículas de vida diária, desde que passei a consultar os meus medos ao invés do meu coração.
Daí em diante comecei a agonizar mais rápido e a ser possuída por uma sucessão de pequenas mortes.
Morri no dia em que meus lábios disseram, não. Enquanto o meu coração gritava, sim!
Morri no dia em que abandonei um projeto pela metade por pura falta de disciplina.
Morri no dia em que me entreguei à preguiça.
No dia em que decidir ser ignorante, bulímica, cruel, egoísta e desumana comigo mesma.
Você pensa que não decide essas coisas? Lamento. Decide sim!
Sempre que você troca uma vida saudável por vícios, gulodice, sedentarismo, drogas e alienação intelectual, emocional, espiritual, cultural
ou financeira, você está fazendo uma escolha entre viver e morrer.
Morri no dia em que decidi ficar em um relacionamento ruim, apenas para não ficar só.
Mais tarde percebi que troquei afeto por comodismo e amor por amargura.
Morri outra vez, no dia em que abri mão dos meus sonhos por um suposto amor. Confundi relacionamento com posse e ciúme com zelo.
Morri no dia em que acreditei na crítica de pessoas cruéis.
A pior delas?
Eu mesma.
Morri no dia em que me tornei escrava das minhas indecisões. No dia em que prestei mais atenção às minhas rugas do que aos meus sorrisos.
Morri no dia que invejei , fofoquei e difamei. Sequer percebi o quanto havia me tornado uma vampira da felicidade alheia.
Morri no dia que acreditei que preço era mais importante do que valor.
Morri no dia em que me tornei competitiva e fiquei cega para a beleza da singularidade humana.
Morri no dia em que troquei o hoje pelo amanhã. Quer saber o mais estranho?
O amanhã não chegou. Ficou vazio… Sem história, música ou cor.
Não morri de causas naturais.
Fui assassinada todos os dias.
As razões desses abandonos foram uma sucessão de desculpas e equívocos. Mas ainda assim foram decisões.
O mais irônico de tudo isso?
As pessoas que vivem bem não tem medo da morte real.
As que vivem mal é que padecem desse sofrimento, embora já estejam mortas.
É dessas que me despeço.

Assinado,

A Coragem
____
Fonte: Escrito por Lígia Guerra



terça-feira, 18 de agosto de 2015

SINTONIA...


Maridão no escritório dele...
Eu...no meu !
É que ele não me “guenta” juntinho dele, então nos separamos de escritório...ksksksksks...
Agora, ele diz, tem PAZ !!!!!
AMO...quando eu ouço lá de longe, ele ouvindo os vídeos que ele recebe!
AMO...quando ouço as risadas dele com as besteiras legais que postam!
AMO...me preocupar com a tosse do baita, quando está gripado!
AMO...ouvir os passos dele quando vem pertinho de mim para comentar algo que recebeu pelo facebook ou por e-mail...
AMO...me preocupar quando fica muito tempo em silêncio total e então vou atrás dele para saber se está passando bem!
Vejo que, mesmo separados por paredes...estamos em constante SINTONIA!!!!!

sábado, 15 de agosto de 2015

É PRECISO IR EMBORA.


Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim, que a vida segue, com ou sem você por perto.
Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver.
É chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo.
Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua empregada, nem ninguém.
Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal:
ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim!
Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo!
O sentimento não muda.
Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem.
Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir.
E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…” com
“por isso tô te mandando esse áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô
passando aí”.
Então vá embora.
Vá embora do trabalho que te atormenta.
Daquela relação que você sabe não vai dar certo.
Vá embora “da galera” que está presente quando convém.
Vá embora da casa dos teus pais.
Do teu país.
Da sala.
Vá embora.
Por minutos, por anos ou pra vida.
Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo.
Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima do avião.
As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir.
Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas.

Por: Fabrício Carpinejar via Engenheiro Andarilho.


Presente da querida Magrit Siebert,pelo facebook...Obrigada!!!!

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O corpo fala...


Não trate apenas dos sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa da enfermidade seja também extinta.
A cura real somente acontece do interior para o exterior ...

Sim, diga a seu médico que você tem dor no peito, mas diga também que sua dor é dor de tristeza, é dor de angústia.

Conte a seu médico que você tem azia, mas descubra o motivo pelo qual você, com seu gênio, aumenta a produção de ácidos no estômago.

Relate que você tem diabetes, no entanto, não se esqueça de dizer também que não está encontrando mais doçura em sua vida e que está muito
difícil suportar o peso de suas frustrações.

Mencione que você sofre de enxaqueca, todavia confesse que padece com seu perfeccionismo, com a autocrítica, que é muito sensível à crítica
alheia e demasiadamente ansioso.

Muitos querem se curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em si o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e o
câncer do egoísmo. Não querem mudar de vida.

Procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa.

Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade.

Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retiram dos olhos a venda do criticismo e da maledicência.

Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a perdas
experimentadas.

Suplicam auxílio para os problemas de tireóide, mas não cuidam de suas frustrações e ressentimentos, não levantam a voz para expressarem suas legítimas necessidades.

Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade.

REIKI AMOR INCONDICIONAL
Por Adriana
Ilustração Richard Gere
Compartilhado de Ana Claudia Accioly


Presente da querida Maria Teresa Guandagnoli,pelo facebook...Obrigada!!!

Erótica


Querendo ou não, iremos todos envelhecer.
As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar.
A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura,lábios e cabelos.
A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos.
Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história.
Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos,intolerâncias, desafetos.
Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras
acima dos lábios.
Erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo.
Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores...

Telma Murat


Presente da querida Rosangela Coutinho Barbosa,pelo facebook...Obrigada!!!


PS.: Na minha opinião, a vida aos 60, começa a se aproximar rapidamente ao fim do longo caminho.
Mas,nem por isso,devemos desistir de caminhar com passos lentos, semeando as sementes da esperança para os que ficam.
E deixando doces sorrisos para que os outros nos recordem com ternura.

Jeitinho de Mãe


No ventre de uma mãe havia dois bebês.
Um perguntou ao outro:
"Você acredita em vida após o parto?"
O outro respondeu:
"É claro.
Tem que haver algo após o parto.
Talvez nós estejamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde."
"Bobagem", disse o primeiro.
"Não há vida após o parto.
Que tipo de vida seria esta?"
O segundo disse:
"Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui.
Talvez nós poderemos andar com as nossas próprias pernas e comer com nossas bocas.
Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora."
O primeiro retrucou:
"Isto é um absurdo.
Andar é impossível.
E comer com a boca!?
Ridículo!
O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o mais de que precisamos.
O cordão umbilical é muito curto.
A vida após o parto está fora de cogitação."
O segundo insistiu:
"Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente do que é aqui.
Talvez a gente não vá mais precisar deste tubo físico."
O primeiro contestou:
"Bobagem, e além disso, se há realmente vida após o parto, então, por que ninguém jamais voltou de lá?
O parto é o fim da vida e no pós-parto não há nada além de escuridão, silêncio e esquecimento.
Ele não nos levará a lugar nenhum."
"Bem, eu não sei", disse o segundo, " mas certamente vamos encontrar a Mamãe e ela vai cuidar de nós."
O primeiro respondeu:
"Mamãe, você realmente acredita em Mamãe?
Isto é ridículo.
Se a Mamãe existe, então, onde ela está agora?"
O segundo disse:
"Ela está ao nosso redor.
Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir."
Disse o primeiro:
"Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe."
Ao que o segundo respondeu:
"Às vezes, quando você está em silêncio, se você se concentrar e realmente ouvir, você poderá perceber a presença dela e ouvir sua voz
amorosa lá de cima."

Este foi o modo pelo qual um escritor húngaro explicou a existência de Deus.


Presente que recebi de uma amiga lá do facebook...vou procurar o nome dela e depois eu posto :) ... Obrigada!!!!

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Chico Viola


Brih Kaloo
Me encantou com sua postagem,por isso compartilho...
OBRIGADA,amiga querida :)


Uma das mais belas definição sobre Deus, k tive o prazer de ouvir na voz do Mestre Rolando Boldrin! - Bom diaaa...

Titulo: Chico Viola
Autor: Catulo da Paixão Cearense
*Adaptação de Rolando Boldrin

Deus não anda na cidade.
Os dotô que véve sempre
nos livro a pesquisá,
nas fôia morta dos livro
nunca Deus há de encontrá.
Se vancê aí num é incréu,
e qué devéra sabê,
qué sabê Deus onde tá..
Não percure essa Criatura
nem nas igreja dos padre,
nem nos livro, nem no céu.
Sabe adonde é que Deus tá ?
Deus canta pelo biquinho
saudoso dum sabiá.
Deus anda cherando os mato
pru dentro dos capoerão.
Anda zanzando de noite
com a lua lá do sertão.
Ele canta enrodiado
no coração dum caboco
gemendo num desafio.
Ele véve nas froresta..
no meio das mata virge
tomando banho nos rio.
O vento, derruba um casa
num bofetão..né ?
Mas porém num tem um ente
que andando pelas fechado
das terra La do sertão,
Visse uma vez, sêo dotô,
a casa dum passarinho
que o vento jogou no chão.
É pru que Deus,
que é mais grande
que o céu e a terra,
e se esconde na ponta fina
dum espinho...
em noite de ventania
na da pulas mataria
atrepado pulas arve
pra segurança dos ninho.
Deus, num anda na cidade.
Deus é o ente que mais sofre
Pru que Ele é o Pai da sodade.
Deus é Deus pru que é mistéro
Deus num lê...
Deus num escreve.
Vancê creia que Deus passa
pela ciência dos homi,
como o sor passa nas nuvem
pru riba dum cemitéro.
Deus um Sábio anarfabeto.
E quando Deus qué se ri,
se mete dentro dos óio
duma muié..pra feri.
Pru sabe que a muié,
Ferindo memo consola.
Mas porém quando o sinhô
tá triste...tá com sodade
da Santa virge Maria,
Deus Nosso Sinhô se esconde
nas corda duma viola,
pra chorá memo á vontade
a sua malincunia.


Borboleta Viajante


Na hora da partida agarrei a porta da casinha, depois me agarrei ao tronco da velha castanheira e fui seguindo me agarrando a tudo que via a
tudo que pertencia a mim, por direito, naquela cidadezinha...
e como menina teimosa, me soltei da mão da minha mãe e saí correndo dali...
eu não queria ir...e quando a estação apitou a saída do trem que me levaria ,fui empurrada para dentro de uma nova história que começaria a
partir dali...e enquanto ele me levava, pela minúscula janela,fui me despedindo da paisagem ...de cada árvore, de cada ovelha, do riozinho
que nascia longe, longe,mas que corria livre pelos fundos das casinhas da minha aldeia....de cada florzinha plantada à beira da estrada...das
casas simples e branquinhas contrastando com o verde das pastagens...
fui,lutei,sofri ,chorei e voltei em busca do começo...
na minha chegada ,aspirei o ar daquele lugar que um dia tão triste eu havia deixado, e segui em busca do meu passado, dos meus
companheiros,da minha velha escola e da minha velha infância...já quase nada havia do que eu deixara...meus velhos amigos haviam sido
feitos,pelo esmerilhar contínuo do tempo, apenas conhecidos...outros ainda,haviam também partido,a castanheira havia morrido...
De repente, me vi frente à janela da velhinha que na minha partida gritara ,me acenando seu adeus de lenço branco:
"Não chore! Quando você voltar, todos estarão aqui”...
E quando fui ao seu encontro para que me explicasse tantas perdas e tanta saudade em mim,ela também já não estava mais ali!

Algumas pessoas sonham ter asas!Outras precisam apenas de raiz!

Agnes Flores


Presente da querida Isis Tonelli,pelo facebook...Obrigada!!!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Poema para uma casinha


Minha casa é bela...Tão bela!
Tem paredes envelhecidas,mas tem flores na janela...
Tem sorrisos abrindo a porta,tem jardim,tem horta...
É até meio torta,mas minha casinha é bela...
Não tem varanda, tampouco tem arandela, mas é assim,bem assim, que gosto dela.
Tão bonitinha e simples minha casinha, mas tem aconchego,alegria e ternura...
Tem pão,amor,paz e alegria com fartura.
Minha casa é arejada de abraços na entrada, e nela a simplicidade resolveu fazer morada...
Tem telhado todo tosco, a sala é de reboco, mas duvido, seu moço, se há casa mais bela!
E até hoje não sei,lhe digo com franqueza:
Se é mais feliz quem vive aí rodeado de riqueza ou se sou eu aqui, na minha casinha singela.
Tão pobre ,mas tão alegre, tão perfeita e tão bela!

Linda Lacerda


Presente da querida Isis Tonelli,pelo facebook...Obrigada!!!

PS.: A única diferença que existe dessa casa e a minha, é que a minha tem varanda!!!!!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

A soma de todos os afetos...


E descubro que carrego em mim o que fui e o que serei.
As piruetas que dei e as rugas que terei.
Os desejos que ansiei e os movimentos que realizarei.
O que semeei e o que ainda colherei.
As músicas que ouvi e as letras que ainda não decorei;
as histórias que vivi e os enredos que ainda escreverei.
Os amores que deixei, e os que nunca esquecerei...

Fabíola Simões
Do texto "Déjà vu"


Presente da querida Penha Araújo,pelo facebook...Obrigada!!!!